Por: Valnei Goes
A inclusão escolar de pessoas deficientes, não é a simples inclusão em
sala de aula. É possibilitar, por meio de práticas educativas especiais, um
ensino de qualidade que respeite a necessidade de todos.
As práticas que promovem a ludicidade nesse ponto e de fundamental
importância para todo alunado. Pois, através desta, pode-se estimular o
desenvolvimento além de ajudar a reduzir a discriminação e preconceito.
Com deficientes visuais estes preconceitos nascem de idéias que
permeiam sempre das necessidades e dificuldades destes. E nunca em torno da
capacidade.
Algo que não deve ser esquecido na deficiência visual é que esta é
visual, não interpessoal, intelectual ou outra. Ou seja, estes mesmos indivíduos
tem igual capacidade de aprender e relacionar-se com os outros.
Sua maneira de aprender só é diferente do modelo considerado
"natural" adotado pela sociedade.
Sendo assim, sua produção (artística, literária etc.) é também muito
importante para o crescimento social. Contudo, essa ignorância fundamentada na
visão do "coitadinho" justifica e "legaliza" a
discriminação sofrida por estes.
Falta de interesse por parte de educadores é outra causa muito
forte. Alguns destes sequer conhecem a diversas formas de trabalhar com esses
alunos ou até das dezenas de cursos profissionalizantes da área.
Por terem ficado sempre a margem da sociedade estes indivíduos
sofreram drasticamente pela ignorância de uma sociedade que não estava, nem
está, acostumada a conviver com diferenças.
Alguns ainda ligados na "visão do coitadinho", outros
acreditando que já fazem o suficiente pela sociedade e ficam presos aos modelos
tradicionais ou ainda os que encontram-se quase sem tempo por terem turmas
super lotadas e veem nesse quesito a justificativa para não continuar
profissionalizando-se, ou de não profissionalizar-se para atender uma minoria
mal vista e mal compreendida pela sociedade.
Essa exclusão de pessoas deficiente visuais traz graves
conseqüências a sociedade que se comunica basicamente de forma visual,
segregando os que não veem. Que quase sempre são pobres, cercados por
ignorantes e coagidos pela sociedade que precisa entender que precisa usar
todos os meios para mudar, mas se fixa num modelo econômico onde não cabem
"diferentes".
Referências:
MEC. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o
atendimento às necessidades educacionais de alunos cegos e de alunos com baixa
visão. 2005 Disponível em:http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cegos e
bv.pdf Acesso em: 06 dez. 2011
LUCKESI, Cipriano. Ludicidade e atividades ludicas: uma abordagem a partir da experiência
interna. Disponível em: http://www.luckesi.com.br/artigoseducacaoludicidade.htm
Acesso em: 06 dez. 2011
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