Não há Educação sem boniteza.
Paulo Freire
sexta-feira, 29 de março de 2013
Matemática para Autistas
Atividade de Matemática para Alunos com Autismo
Nesta atividade pedagógica apresentarei mais um
recurso de aprendizagem com o enfoque na matemática. Esta atividade foi pensada
levando em consideração o interesse restritivo do aluno com autismo. Para saber
mais leia a postagem Acessibilidade e Autismo - Materiais Pedagógicos publicada
neste blog.
Primeiro conheça quais as preferências do aluno,
por exemplo, nesta atividade usei figuras do Pica-pau, shrek, Xuxa, Ben 10, Era
do gelo, Bob Esponja, Ivete Sangalo e carros, pois parte do sucesso da
atividade está na escolha da temática que deve ser de acordo com o interesse do
aluno em questão.
O objetivo é trabalhar:
• Cores;
• Números;
• Seqüência numérica;
• Identificação dos personagens
Os materiais usados:
• Papel cartão nas cores vermelha, azul, amarelo,
verde e branco;
• Figuras de personagens (que podem ser adquiridas
em revista, encarte de lojas de brinquedos e internet);
• Bolas nas quatro cores primárias (essas bolas
podem ser feitas com jornal amassado e coberto com fita colorida)
• Velcro
A confecção :
1-Recorte o papel cartão branco no tamanho 50cm x
50cm, essa vai ser a base (se preferir use papelão);
2-Cada quadrado que compõe a atividade tem 2cm de
altura e 7cm x 7cm de tamanho, distribuídos nas quatro cores.
3-No fundo do quadrado cole as figuras
distribuindo-as de forma que elas possam se repetir. Foi usadas figuras
do Pica-pau, shrek, Xuxa, Ben 10, Era do gelo, Bob
Esponja, Ivete
Sangalo e carros.
4-No centro de cada quadrado na parte superior cole
um pedaço de velcr
o, onde vão ser grudados os números.
5-Recorte o papel cartão branco no tamanho de 2cm x
3cm, cole no verso, pedaço de velcro e na frente numere de 1 a 20.
6-No centro do tabuleiro vai ficar um quadrado
maior de 14cm x 14cm onde serão dispostos os números, bolas e tampas de pet.
Observe a figura ao lado para seguir como modelo.
O nome da atividade é “Cada número no
seu quadrado”.
O desenvolvimento:
1- Disponha a atividade para que os alunos possam
explorar, visualizando-a e ao mesmo tempo chamando a atenção para a atividade.
2- Peça para identificarem os personagens e se
o aluno não verbaliza, neste momento aponte e fale o nome de cada personagem.
3- Der a bola de uma cor e peça para
colocar no quadrado de mesma cor, também pode pedir
para colocar em um quadrado de um personagem específico.
4- Com os números peça para o aluno grudá-los nos
quadrados de forma ordenada. Explore a atividade conforme o nível do aluno. Se
o mesmo não conhece os números, entregue cada número na mão dele pedindo para
grudar no local indicado por você e vai identificando cada um. Também se
preferir pode usar tampas de pet para usar nos quadrados
pedindo ao aluno para significar ou relacionar o
número com a quantidade.
Para cada nível de aprendizagem do aluno use
o grau de dificuldade adequado.
Experimente fazer seu material, aplique a Atividade de
Matemáticacom seu filho/aluno/paciente
com autismo. Depois compartilhe conosco os resultados alcançados.
Use a sua experiência e criatividade.
AUTISMO: DIFICULDADE DE INTERAÇÃO SOCIAL, DE COMUNICAÇÃO E REPETIÇÃO DE COMPORTAMENTOS PADRONIZADOS
Autismo é um transtorno global do desenvolvimento
marcado por três características fundamentais:
* Inabilidade para interagir socialmente;
* Dificuldade no domínio da linguagem para
comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos;
* Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
O grau de comprometimento é de intensidade
variável: vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual
não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o
paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é
portador de comportamento agressivo e retardo mental.
Os estudos iniciais consideravam o transtorno
resultado de dinâmica familiar problemática e de condições de ordem psicológica
alteradas, hipótese que se mostrou improcedente. A tendência atual é admitir a
existência de múltiplas causas para o autismo, entre eles, fatores genéticos e
biológicos.
Sintomas
O autismo acomete pessoas de todas as classes
sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer
nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O
mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três
anos. De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:
1) ausência completa de qualquer contato
interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos
estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
2) o portador é voltado para si mesmo, não estabelece
contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a
fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do
contexto) e tem comprometimento da compreensão;
3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até
superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores
levar vida próxima do normal.
Na adolescência e vida adulta, as manifestações do
autismo dependem de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e
desenvolver comportamentos que favoreceram sua adaptação e auto-suficiência.
Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico. Leva em
conta o comprometimento e o histórico do paciente e norteia-se pelos critérios
estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade
Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de
Doenças da OMS).
Tratamento
Até o momento, autismo é um distúrbio crônico, mas
que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja
feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar.
Não existe tratamento padrão que possa ser
utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas
necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos,
especialmente quando existem co-morbidades associadas.
Recomendações
* Ter em casa uma pessoa com formas graves de
autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a família. Por
isso, todos os envolvidos precisam de atendimento e orientação especializados;
* É fundamental descobrir um meio ou técnica, não
importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o
autista;
* Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças,
por menores que sejam; por isso é importante manter o seu mundo organizado e
dentro da rotina;
* Apesar de a tendência atual ser a inclusão de
alunos com deficiência em escolas regulares, as limitações que o distúrbio
provoca devem ser respeitadas. Há casos em que o melhor é procurar uma
instituição que ofereça atendimento mais individualizado;
* Autistas de bom rendimento podem apresentar
desempenho em determinadas áreas do conhecimento com características de
genialidade.
Autor: Dr.Drauzio Varella
Disponivel
em: http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo-primeira-parte/
Acesso em:23/08/2011.
quarta-feira, 27 de março de 2013
PERFIL DO PROFISSIONAL PARA EXERCER A FUNÇÃO DE CUIDADOR
O Serviço de Educação Especial da Secretaria de Estado da Educação, após o conhecimento e reconhecimento das necessidades e estudo minucioso das possibilidades, traça o perfil desse profissional para exercer função específica na escola:
· Entender sobre cuidados básicos de atividades de vida diária e prática do cotidiano dos alunos (dar lanche aos que apresentam dificuldades motoras dos membros superiores, realizar a higiene bucal após a alimentação e nos casos de sialorréia, e a higiene corporal/íntima e trocas de fraldas e de vestuário);
· Saber abordar o aluno para os cuidados pessoais, bem como o auxiliá-lo para o uso do banheiro;
· Conhecer sobre adequação postural para a pessoa com pouca ou nenhuma mobilidade e movimento corporal nos cuidados necessários;
· Deslocar com segurança e adequadamente o aluno, a respeito dos cuidados que ele necessita de acordo com as funções estabelecidas para o cuidador;
· Compreender indicações básicas contidas no histórico escolar do aluno com referência às necessidades educacionais especiais;
· Ter conhecimento de quando uma situação requer outros cuidados fora aquele de seu alcance e do âmbito da escola.
OBS: Esse profissional deverá permanecer fora da sala de aula e comparecer para auxiliar o aluno quando solicitado pelo coordenador pedagógico, professores ou inspetor, como também realizar apenas as atividades acima descritas compatíveis à sua função.
PORTANTO:
Cuidador é o profissional que auxilia o aluno em seus cuidados de vida diária e de vida prática, ajudando-o somente nas atividades que não consegue realizar sozinho como ir ao banheiro, alimentação, troca de roupa e/ou fraldas e higiene pessoal.
fonte: http://construireincluir.blogspot.com.br/2012/02/necessidade-da-presenca-de-cuidador-de.html
CUIDADOR DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS ESCOLAS
Necessidade da presença de cuidador de alunos com deficiência nas escolas.
Na área da educação, com a formulação e vigência da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva é reconhecido como público alvo, dentre outros, alunos com deficiências e/ou condições que originam dependência de cuidados diários.
Nesses casos faz-se necessária a disponibilização de suportes que vão desde a oferta de equipamentos e ajudas técnicas, até a contratação de cuidadores para viabilizar a permanência destes alunos que apresentam necessidade de auxilio na alimentação, na higiene, para vestir-se e outras.
A figura do cuidador na escola irá garantir que alunos com limitações de comunicação, de orientação, de compreensão, de mobilidade, de locomoção ou outras limitações de ordem motora, possam realizar as atividades cotidianas e as propostas pelos educadores durante as aulas e nos períodos extraclasse, viabilizando assim sua efetiva participação na escola.
O professor não possui condições de trabalho que permitam que ele exerça essa função junto ao alunado. Por sua vez, a necessidade deste cuidado é inconteste no âmbito da escola e sua disponibilização é medida fundamental e imprescindível para a efetivação da educação inclusiva em nosso país.
Exemplos de tarefas do cuidador na escola
Auxiliar parcialmente ou realizar pela pessoa assistida:
· Alimentar
· Vestir
· Deambular ou locomover
· Realizar higiene corporal
· Manipular objetos
· Sentar, levantar, transferência postural
· Escrever, digitar
· Comunicar-se
· Orientar-se espacialmente
· Brincar
· E outras
Obs.: Seguem anexas informações sobre o perfil e tarefas do cuidador da escola em documento elaborado pela Diretoria de Ensino da região de São Bernardo do Campo, São Paulo (2008).
CONCLUSÃO
A disponibilização do cuidador na escola, pelos órgãos públicos brasileiros responsáveis pela educação, nos âmbitos municipais, estaduais e federal, é medida imprescindível e não dependente de regulamentação, para viabilizar o atendimento às necessidades de cuidados e apoio às atividades de vida diária e vida prática aos alunos com limitações funcionais ou deficiências, viabilizando, assim, seu ingresso e permanência na escola, direito básico à educação garantido constitucionalmente
fonte:http://construireincluir.blogspot.com.br/2012/02/necessidade-da-presenca-de-cuidador-de.html
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