Não há Educação sem boniteza.

Paulo Freire

domingo, 13 de outubro de 2013

SALA DE RECURSOS E O ATENDIMENTO ESPECIALIZADO EM TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO


De acordo com Gotti (2006, p. 268, grifo do autor):
[...] o desafio da educação brasileira é a implementação da política educacional de promoção do acesso, da qualidade e da eqüidade com a organização de escolas que atendam a todos os alunos sem nenhum tipo de discriminação e que reconham as diferenças como fator de enriquecimento do processo educacional. A resolução do CNE / CEB nº2/2001 institui as diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica, com base na LDB, orientando os sistemas tanto para a prática da inclusão (Os sistemas de ensino devem matricular a todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando condições necessárias para uma educação de qualidade para todos), quanto para o atendimento educacional especializado (organizado para apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais comuns).
A educação especial presta alguns serviços com objetivo de atender as necessidades educacionais especiais de alunos. Este atendimento é denominado de Atendimento Educacional Especializado.Gotti (2006) propõe como exemplo de atividades educacionais especiais a Língua Brasileira de Sinais (Libras), o Sistema Braille e com ele todo o referencial de trabalho sobre orientação e mobilidade, o método de ensino da matemática denominado Soroban e o ensino da escrita cursiva. Também compõem o Atendimento Educacional Especializado o trabalho voltado à estimulação/intervenção precoce, a qual tem como principal objetivo o favorecimento do desenvolvimento cognitivo, sensório-motor, de linguagem e socioafetivo de crianças, desde o nascimento até os três anos de idade.
Gotti (2006) destaca outros pontos que podem ser trabalhados, os quais relacionam-se a interpretação de Libras digital, tadoma e outras alternativas de comunicação; a literatura em formato digital e material didático que corresponda aos preceitos do desenho universal. Também destaca a importância das tecnologias assistivas e ajudas técnicas, bem como das atividades cognitivas que desenvolvam as funções mentais superiores, promovendo assim o enriquecimento e aprofundamento curricular e o desenvolvimento da autonomia do aluno e de sua inserção social.
Gotti (2006, p. 269) também propõe que “[...] os sistemas de ensino deverão organizar os espaços, recursos e serviços que compõem o atendimento educacional especializado”.
Destaca que este atendimento deve ser realizado em uma sala denominada “sala de recursos multifuncionais” e que o boneco deve acontecer na própria escola onde a criança estuda e em que esteja matriculada. Aponta que se não houver possibilidade de que o atendimento seja realizado na escola que ele poderá ser realizado em centros ou escolas especiais, ou ainda, em classe hospitalar e até mesmo na residência do próprio aluno. É importante destacar que as salas de recursos multifuncionais não substituem o processo de escolarização do aluno.
Nestas salas, os alunos podem ser atendidos individualmente ou em pequenos grupos, sendo que o número de alunos deve ser definido, levando-se em conta, o tipo de necessidade educacional que os alunos apresentam. [...] Para atuar no atendimento educacional especializado, o professor deve ter formação específica. Esta formação pode ser adquirida por meio de cursos de graduação, pós-graduação ou cursos de formação continuada, com aprofundamento em áreas específicas da educação especial (GOTTI, 2006, p. 269).
Finalmente fica a mensagem proposta por Alves (2004), para que você, aluno, possa refletir sobre seu papel no contexto em que atua:
Fica agora o convite para que você entre no fórum e discuta quais os aspectos que mais lhe chamaram atenção nesta Web Aula e compartilhe com os colegas práticas inclusivas desenvolvidas no contexto de trabalho em que você atua.
Obrigada pela atenção e pelo carinho!

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